Junto com suas construções e projetos, os textos e ensaios de Adolf Loos são elementos fundamentais em seu trabalho arquitetônico. Ele vivia fazendo críticas à maioria dos seus colegas. São conhecidas suas mordazes observações contra a ênfase excessiva em efeitos decorativos, que aparece na galeria “Secessão” de Joseph Olbrich, em Viena (1898); sobre Josef Hoffmann – o aluno mais conhecido de Otto Wagner, segundo Giedion – e Henry van de Velde; sobre o modernismo em Viena e Munique.
A obra escrita de Loos gerou muitas polêmicas. Argan esclarece que ele condena a originalidade inventiva, defendendo que apenas as inovações técnicas podem determinar modificações nas formas construtivas; denuncia o ornamento como crime porque pesa na economia da construção; nega a arquitetura porque, se não atende a necessidades práticas, é imoral e, se atende, não é arte.
São muitos os ataques feitos por Loos. Ele condena também o historicismo que vigorou no século XIX, pois defendia a compreensão do processo histórico em vez da cópia dos estilos passados. Critica a “arte total”, defendendo que o arquiteto não pode interferir no modo de viver das pessoas. Defende ainda que os artesãos não são artistas, pois produzem coisas úteis, e é a favor de uma arquitetura lógica, expressa pelos materiais.
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